sexta-feira, janeiro 27, 2006

Vanguardas

Nos próximos, posts, tirando alguma eventualidade correlata a desespero e coisas a fim, pretendo usufrir deste espaço para descrever os surgimento do modernismo.
Para iniciar acredito ser necessário definir o que venha a ser uma vanguarda, uma vez, que o movimento modernista está totalmente atrelado aos surgimento de novas vanguardas no século XIX na Europa, principalmente na França.
"As motivações, os pressupostos e os objetivos das vanguardas literárias e artísticas, cujo paradoxo, segundo creio, bem merece algumas reflexões: longe de serem movimentos abertos e prospectivos, e ao contrário do que sustentam em proclamações e manifestos, são empresas fechadas nos seus próprios limites e limitações, paralisadas no que a doutrina sugere de abertura. Pertencem à história das instituições, não à história da criação artística, pois não admitem herdeiros e infratores, menos ainda voluntários ou involuntários desvios da norma. Cristalizam-se na imobilidade do que prescrevem. Fundam-se em anátemas e exclusões em nome da liberdade e da invenção; não aceitam rivais, mas apenas discípulos, ciumentamente excludentes de qualquer ameaça ao seu império. À exceção dos fundadores, todos os demais fiéis situam-se na periferia imitativa, na reverência respeitosa. Suas obras só têm sentido no interior delas mesmas e começam a esgotar-se e perder o atrativo da novidade no momento em que aparecem."
As vanguardas são propostas e práticas inovadoras, capazes de perceber aquilo que posteriormente será praticado no senso comum. Surgem para negar a tradição vigente, anunciando o que virá a ser destaque em seguida.
O século XIX experimentou essa ruptura e eclosão de movimentos que viram marcar com grande sentido toda sua história, e, que de fato marca até hoje. As vanguardas européias, que a cada dia as apresentarei, são responsáveis pelo surgimento do movimento modernista.

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