Ontem foi meu último dia de trabalho. Estagiei por 4 meses e nunca, até então, havia trabalhado em um ambiente tão agradável. De fato, terei muitas lembranças. A minha saída teve sim um ar de despedida. Entristeceu-me. Sentirei saudades de todos os meus colegas de trabalho.
Acredito que o que mais torna doloroso é sentir que as pessoas gostavam de mim, e que, por algum motivo particular, de alguma maneira, eu farei falta a elas.
Normalmente, quando se sai de um emprego é porque se está descontente com ele, não foi esse o meu caso. Saí por motivos que ainda nem sei se darão certo. Poderei me arrepender, mas espero imensamente que não.
Agora, como manter contato com as pessoas, é algo que já por vivência pude aprender que dura por muito pouco tempo.
Há alguns dias atrás reencontrei uma grande amiga, uma pessoa de muito estima. Nunca imaginei que a distância nos tornaria tão estranhas uma para a outra. Alguém com quem já compartilhei muito de mim e agora mal sabe por onde ando.
Dizem que uma verdadeira amizade, passa o tempo que passar, não se perde, e quando há um reencontro será como se não houvesse havido o distanciamento. Tenho minhas dúvidas.
A cada dia tenho percebido que as pessoas mudam e que nem sempre há um equilíbrio entre essas mudanças. E que nem sempre as mudanças ocorridas permitirão a compatibilidade entre os indivíduos.
Às vezes é preciso desacelerar um pouco e sacrificar certos pazeres para não deixar que pessoas caiam no esquecimento ou as amizades na banalidade.
Como diria Drummond "Chegou o tempo que a vida é uma ordem, a vida apenas, sem mistificação"
Na verdade, é chegado o tempo de inverter essa máxima drummondiana. É preciso viver, não por viver, mas sim usufruir dos instantes, dos detalhes, das pessoas, das imagens, ao máximo que se for possível, sem lógica, sem regras e sem ordem.
terça-feira, agosto 01, 2006
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