quarta-feira, agosto 24, 2005

Tão gente

Minhas inspirações são irreais.
Meu ócio não é criativo.
Minha vida disfarça-se em relatos do ir do vir.
Apaixono-me estranhamente por desconhecidos. Um olhar, as mãos, a palavra dita em hora imprópria.
Iludo-me. Desiludo-me. Inevitávelmente sozinha.
Inebrio-me de rostos, que a mim me tornam corriqueiros.
Ando pela multidão sem levantar o olhar, sem mirar-me a cada rosto que através e por mim passa.
Sinto-me tão gente.

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