domingo, outubro 08, 2006

Pescaria


Lendo "Perto do Coração Selvagem" de Clarice Lispector, lembrei-me de minha infância, de quando, todos os finais de semana, eu tinha que ir para casa de meu pai.
Tenho boas lembranças de meu pai. Recordo-me de como ele procurava tornar nossa estada com ele divertida. Comíamos batata frita e tomávamos sorvete. Ele também nos ensinava a dirigir e nos levava para pescar.
Ah pescar!!!!!!!!!! Hoje senti uma vontade tremenda de pescar... não usando aqueles mulinetes chiquérrimos, mas sim uma velha e boa varinha de bambu...
Não quero pescar usando minhocas, pois elas me causam nojo. Quero, sim, um pedacinho de salame.
Queria estar com aquela pessoa, que não é os outros, nem a eles se iguala. Poderíamos pescar, e riríamos muito desse momento e o guardaríamos para sempre.
Há pouco pensei na idéia de fugacidade, na idéia de idéia, na idéia de como ser um Don Juan e também naquela idéia de que duas retas se econtram no horizonte, talvez. Olhei ao céu, as árvores e as nuvens se encontravam no muito distante, porém não pareciam se interpenetrarem....
e volto a repetir, se penso, logo desisto.

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