sábado, junho 24, 2006

De mim.

Eu sou uma pessoa muito metódica, sistemática e conservadora. Infelizmente.
Mas sou.
Odeio o trepidar dos ônibus, que quando reverberam faz com que meus mamilos trepidem também. Irritavelmente.
Sou monogâmica e só consigo dormir quando vejo que ao lado da minha cama há um copo com água e quando tenho as mãos e os cotovelos consideravelmente hidratados.
Odeio dias cinzentos porque eles insistem em acontecer quando há algo ruim também acontecendo.
Gosto de acordar e lembrar do meus sonhos e fico extremamente nervosa quando não os lembro.
Amo inglês, mas tenho mais facilidade para falar francês.
Vou comprar um videokê e me isolar do mundo.
Descobri há 3 dias que o egoímos é a forma de existir comum a todos os seres humanos, sem exceção. Isso me causa dor. Sou um ser humano.
Nietzsche sempre tem razão.
Apaixono-me pelos personagens principais da maioria dos livros que leio.
Sou sentimental ao extremo.
Queria acordar um dia e descobrir que o mundo foi feito para românticos como eu.
Gosto do diferente, mas no fim sempre descubro que o diferente é igual a um outro diferente em algum outro lugar. Não acredito mais nas diferenças.
Não acredito mais em um monte de coisas.
Qause morri esses dias atrás, mas isso não me fez rever minhas atitudes e nem querer amar mais as pessoas ou dar mais valor a vida. Sou insensível também.
Será que sou humana?



"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
(Clarice Lispector)

Um comentário:

Anônimo disse...

demasiado humano, como diz tb nietzche.

agora, mudar assim de opinião em relação as coisas, por algum motivo ou acontecimento, tb faz parte da vida e, portanto, do comportamento humano. somos mutáveis ao longo de nossa existência. e viva a diversidade!