domingo, julho 17, 2005

Por tempo indeterminado


Por tempo indeterminado não mais determinarei o porque de cada fato.
Por tempo indeterminado não dareia razões para todos os meus atos, mesmo os sem razões aparentes.
Por tempo indeterminado não buscarei respostas, mesmo que essas me cheguem facilmente e claramente. Prometo ignorá-las.
Por tempo indeterminado não ditarei regras costumeiros do dever ser e do dever ter, mesmo que a mim as consequências de tais atitudes me estrangulem a patética imagem que por 22 anos tenho criado acerca da estapafúdia realidade da qual não vivo, sobrevivo, ou seria subvivo, desvivo....
Por tempo indeterminado deixarei-me de importar com tudo que um dia acreditei ser importante, magoarei e ferirei, não com esse propósito, mas como uma desculpa covarde de que tudo tem que ser assim.
Por tempo indeterminado estarei muito menos preparada para o dia-a-dia, e essa estúpida idéia de costumeiro cotidiano, mesmo que me deprima estar só.
Por tempo indeterminado estarei distante...longe em alguma Infinita Highway...

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