domingo, maio 15, 2005

Nunca encontro

Suspirei, e pedi para te esquecer
Sonhei, e desejei que não fosse com você
Acordei, e jurei não querer mais te ver
Almocei, e degustei a amarga lembrança de te ter
Caminhei, e pisei em cada pensamento que você me veio
Conversei, e enguli palavras a palo seco
O amor
Esse tremendo ódio que se reveste de ti
nas paredes do meu coração
Como te negar
Se a cada suspiro te respiro como um ar puro que invade meu corpo
e purifica minha alma
Se a cada sonho, nele você se faz presente, um mosaico de situações
construídas e reconstruídas
Se a cada despertar, por mais que juro, é com você que quero primeiro encontrar
A cada engolir, sinto-te em gosto, cheiro e textura
A cada diálogo, vivo-te, torno-me mais sincera
Suspiro e sonho porque te espero
Acordo e almoço porque te sinto
Caminho e converso porque te busco
Mas nunca te encontro

Nenhum comentário: