sábado, outubro 28, 2006

Perto do coração selvagem - Clarice Lispector


Editora: Rocco
ISBN: 8532508103
Ano: 1999
Edição: 1
Número de páginas: 202
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
Livro mais ousado de uma das principais escritoras da língua portuguesa do século XX. "Perto do coração selvagem" tem como personagem principal Joana, uma mulher nada comum que convive com o invisível - não tem rosto, nem história. Dela, conhece-se somente a memória.

terça-feira, outubro 24, 2006

Versos Íntimos

Versos Íntimos

Vês ! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera !
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera

Toma um fósforo.
Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro
A mão que afaga é a mesma que apedreja

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga
Escarra nessa boca que te beija

Augusto dos Anjos(1884-1914)

segunda-feira, outubro 23, 2006

Mulheres Privadas



Ontem, fui ao Teatro com mais dois amigos, Sávio e Vinícius. Não pude ficar até o fim da peça, mas creio que perdi uns 15 minutos somente do espetáculo. A peça é hilária, e trata-se do universo lésbico.

Havia alguns momentos em que o humor era, de certa maneira, pedante e forçoso... no entanto, em outros momentos era extremamente interessante. Valeu muito a pena.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Casamento

Porque quando eu casar, assim que amanhecer a primeira noite, eu quero dizer à pessoa que amo, esse é o primeiro dia do resto de nossas vidas...

domingo, outubro 08, 2006

Pescaria


Lendo "Perto do Coração Selvagem" de Clarice Lispector, lembrei-me de minha infância, de quando, todos os finais de semana, eu tinha que ir para casa de meu pai.
Tenho boas lembranças de meu pai. Recordo-me de como ele procurava tornar nossa estada com ele divertida. Comíamos batata frita e tomávamos sorvete. Ele também nos ensinava a dirigir e nos levava para pescar.
Ah pescar!!!!!!!!!! Hoje senti uma vontade tremenda de pescar... não usando aqueles mulinetes chiquérrimos, mas sim uma velha e boa varinha de bambu...
Não quero pescar usando minhocas, pois elas me causam nojo. Quero, sim, um pedacinho de salame.
Queria estar com aquela pessoa, que não é os outros, nem a eles se iguala. Poderíamos pescar, e riríamos muito desse momento e o guardaríamos para sempre.
Há pouco pensei na idéia de fugacidade, na idéia de idéia, na idéia de como ser um Don Juan e também naquela idéia de que duas retas se econtram no horizonte, talvez. Olhei ao céu, as árvores e as nuvens se encontravam no muito distante, porém não pareciam se interpenetrarem....
e volto a repetir, se penso, logo desisto.

sábado, outubro 07, 2006

Lavoura Arcaica

Lavoura Arcaica
Raduan Nassar
ISBN: 8571640335
Editora: CIA DAS LETRAS
Número de páginas: 204
Encadernação: Brochura
Edição: 1989



Sinopse:


Lavoura arcaica narra em primeira pessoa a história de André, que se rebela contra as tradições agrárias e patriarcais impostas por seu pai e foge para a cidade, onde espera encontrar uma vida diferente da que vivia na fazenda de sua família. Quando é encontrado em uma pensão suja em um vilarejo, por seu irmão Pedro passa a contar-lhe, de forma amarga, as razões de sua fuga e do conflito contra os valores paternos.
Sem ordem cronológica, André faz uma jornada sensível à sua infância, que contrapõe os carinhos maternos e os ensinamentos do pai. Este valoriza acima de tudo o tempo, a paciência, a família e a terra. Mas André não aceita esses valores. Ele tem pressa, quer ser o profeta de sua própria história e viver com intensidade incompatível com a lentidão do crescimento das plantas. Nesse trajeto, a paixão incestuosa por sua irmã Ana, e sua rejeição, exercem papel fundamental na decisão de fugir da casa da família. A mãe desesperada manda o primogênito Pedro buscá-lo para tentar reconstruir a paz familiar. Trazido de volta para a fazenda, André é recebido por seu pai em uma longa conversa e uma festa que, ao invés de resolverem o conflito, evidenciam a distância intransponível entre as gerações. Por essa razão, a história é muitas vezes descrita como uma versão invertida da parábola do filho pródigo.


Um dos livros mais belos que já li, envolvente pelo lirismo e pela maneira poética como as palavras são usadas.

domingo, outubro 01, 2006

Sentido




"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível de fazer sentido." Clarice Lispector