quinta-feira, março 24, 2005
domingo, março 13, 2005
quinta-feira, março 10, 2005
Por aí devagando!!!
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo" (Clarice Lispector)
Um conto...
No ônibus...
Era tarde. O dia já passava monótono como sempre, intenso e atordoado como houvera de ser...
Lá estava ela sozinha e desolada a esperar..eis que nunca deixou de ser assim..No ponto de ônibus, sem grandes expectativas e nem meras frustações...Parada com sua própria vida...
Enfim, dobra a esquina o desejado transporte. Ela embarca, comum, como os demais...nada notável, nada perceptível..apenas uma senhora....
Não havia lugares, e que mal havia nisso, pois houve algum dia em que ela pode se sentar?..não!!!
Segurou firme em um ferro...que ao lado estava sentada um senhora...A senhora trazia consigo algumas sacolas que se debruçavam para além de seu espaço. Ela já estava atordoada de tanto encostar naquela sacola, mas não havia outro lugar. A senhora olhava lhe com um ar de que se estava assim tão incomodada o azar não era dela...e sim do incomodado...Franziam a testa...Olhavam-se e disfarçavam...Fingiam.
E aquele encostar parecia, então, uma intensa provocação..um duelo. Quem venceria? Ela encostava, a senhora forçava...E assim ficaram horas...
Era chegada a hora de descer.
O ônibus parou. As pessoas começaram a descer...e neste momento, as duas, seguiram em direção a porta e se despediram com um breve e sarcástico sorriso.
Um conto...
No ônibus...
Era tarde. O dia já passava monótono como sempre, intenso e atordoado como houvera de ser...
Lá estava ela sozinha e desolada a esperar..eis que nunca deixou de ser assim..No ponto de ônibus, sem grandes expectativas e nem meras frustações...Parada com sua própria vida...
Enfim, dobra a esquina o desejado transporte. Ela embarca, comum, como os demais...nada notável, nada perceptível..apenas uma senhora....
Não havia lugares, e que mal havia nisso, pois houve algum dia em que ela pode se sentar?..não!!!
Segurou firme em um ferro...que ao lado estava sentada um senhora...A senhora trazia consigo algumas sacolas que se debruçavam para além de seu espaço. Ela já estava atordoada de tanto encostar naquela sacola, mas não havia outro lugar. A senhora olhava lhe com um ar de que se estava assim tão incomodada o azar não era dela...e sim do incomodado...Franziam a testa...Olhavam-se e disfarçavam...Fingiam.
E aquele encostar parecia, então, uma intensa provocação..um duelo. Quem venceria? Ela encostava, a senhora forçava...E assim ficaram horas...
Era chegada a hora de descer.
O ônibus parou. As pessoas começaram a descer...e neste momento, as duas, seguiram em direção a porta e se despediram com um breve e sarcástico sorriso.
terça-feira, março 08, 2005
Contradiçoes
Que dia é esse?
Por onde andei até então?
As vezes me pego em minhas próprias contradições
Querer ser...
Querer dizer
Um sol que brilha...
Uma mão que encosta
Um dia que passa
Uma voz que se escuta
Detalhes apenas
Incrédulos
Perceptível?
Pouco sentido...
Pouco ousado
A vida
Razão que se alcança
Por onde andei até então?
As vezes me pego em minhas próprias contradições
Querer ser...
Querer dizer
Um sol que brilha...
Uma mão que encosta
Um dia que passa
Uma voz que se escuta
Detalhes apenas
Incrédulos
Perceptível?
Pouco sentido...
Pouco ousado
A vida
Razão que se alcança
Janela
Pela janela, adentra-se relâmpagos
Adentra-se esperanças...
A escuridão de um quarto
Remete às mais claras recordações
Um paradoxo de imagens, idéias e contradições
Sonhos que tecem de olhos abertos
Realidades imaginadas e revividas
Antigos desejos exteriorizados...
A solidão é companheira
Ao contrário do que se pensa
Estar só, é estar se preso a você
É um conhecimento profundo e verdadeiro
Ou você mente para si mesmo?
Mentalizar
Viver
Adentra-se esperanças...
A escuridão de um quarto
Remete às mais claras recordações
Um paradoxo de imagens, idéias e contradições
Sonhos que tecem de olhos abertos
Realidades imaginadas e revividas
Antigos desejos exteriorizados...
A solidão é companheira
Ao contrário do que se pensa
Estar só, é estar se preso a você
É um conhecimento profundo e verdadeiro
Ou você mente para si mesmo?
Mentalizar
Viver
domingo, março 06, 2005
Incandescente
Eu não sei dizer quando olho a verdade
Esbarro-me em uma cruel vaidade?
Não sei se vejo por dentro
Ou se observo por fora
Entendo meu lamento, que desaprova
Verdade seja dita
Almeja-se a beleza
Por menos se acredita
Que o belo és o que deseja
Na andança em vil caminho
Via pós via
Esquinas em desatino
Não entenderás por onde se segues
Buscarás acertos breves
Portanto, a porta se fecha.
Esbarro-me em uma cruel vaidade?
Não sei se vejo por dentro
Ou se observo por fora
Entendo meu lamento, que desaprova
Verdade seja dita
Almeja-se a beleza
Por menos se acredita
Que o belo és o que deseja
Na andança em vil caminho
Via pós via
Esquinas em desatino
Não entenderás por onde se segues
Buscarás acertos breves
Portanto, a porta se fecha.
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